Este castelo pertence à M@G@,Dominadora carioca há mais de 25 anos envolvida nesta prática BDSM

terça-feira, 21 de agosto de 2007

"A SAGA DE UM ESCRAVO:O INÍCIO" CAPÍTULO 5

A areia morna, agradável ao toque.Meus pés afundavam e o som oco de areia,bem seca,se fazia presente a cada passada.
Intenso calor,extemporâneo,naquele inverno atípico,convidava a uma volta na praia.
O espetáculo do bailar das gaivotas alegrava aos olhos numa coreografia infinita.

O aroma da maresia,contagiante.
A pele ansiava por água e mergulhei,retornando à tona,nadando em largas braçadas.
Este contraste,corpo quente e água fria,não sei porque,sempre me deu tesão.O pau começa a se manifestar tão logo entro na água e,mergulho, rapidamente,para não passar por constrangimentos.
Deliciava-me,entre as ondas,quando ouvi,uma voz feminina,dizendo, sarcasticamente:


_”Que vergonha! Não sabe se controlar,não?Safado!”
Pus-me em pé e procurei a dona da voz.
Embora tivesse um tom grave,rouco e um tanto sensual até,a mulher não tinha nada de especialmente sexy.
Num desses biquínis de duas cores,trazia a parte de baixo estampada,em azul,que mal cobria a bunda volumosa,e o bustier preto lutava por abrigar os fartos seios.Pele bem clara,cabelos dourados e olhos bem pretos,um rosto bonito.De pouca altura,era bastante roliça,para os padrões de beleza atuais.Na faixa dos quarenta anos.
Ri,sem jeito.
_”Deu p´ra ver?” perguntei,meio que atrevido.
_”Claro!!! Ainda mais que você não é nenhum mignonzinho.Tem um belo espécime.” Riu,debochada.
Isto eu já sabia.Desde o tempo de moleque,meu orgulho era o tamanho do meu pau,sempre mais avantajado do que os meninos da minha idade.Era considerado “a tromba”.
_”Está calor,hein?” falei para desviar do assunto

_”Sim,muito.Nem lembra inverno.Já desisti de usar casacos este ano.”
_”É bom,por que conseguimos esticar este prazer,na praia,por mais tempo.”
_”Gosto de outros prazeres,além desse,e que não precisam de tanta areia” retornou provocativa,com ar de mistério.
Saímos da água e segui para a minha barraca.Ela sentou-se na toalha ao lado.Comecei a enxugar os cabelos e o rosto,pois a água salgada sempre me faz arder os olhos.
Aos poucos,sua presença foi se tornando cada vez mais intensa.O cheiro do perfume,mesmo depois do banho de mar,chegava até minhas narinas.A maneira de se esticar na areia,languidamente.O olhar atrevido e arrogante.
_”Vem sempre por aqui?”perguntei.
_”Não.Estou a passeio na casa de uma amiga.Moro em Varginha,Minas”.
_”Aceita uma água de côco?”
_”Sim.Pode ser.É bem refrescante”, ela aceitou.
Seguimos em direção a um quiosque e nos sentamos a uma mesa.
_”Casada?” perguntei,sem muito interesse,apenas como forma de continuar a conversa.
_” Sim.Casada,um filho de seis anos.E você?”
_”Solteiríssimo!” respondi,com ênfase.
Rimos.
_”Moro sozinho,sem nada e nem ninguém para perturbar.Sou dono do meu tempo e das minhas vontades.”
Quando terminei esta frase,percebi um sinal de impaciência nela.Parecia zangada,até.
_”Deixei-a aborrecida?”
Abriu a bolsa,rispidamente,e tirou um cigarro.Gestos contidos,acendeu-o e tirou algumas baforadas,bem devagar.
Ao longe,olhava crianças construindo castelos na areia.
_”Zangada? Não,nem um pouco.Fico entediada com homens que se gabam de sua independência.Mas...não devo dar opiniões que não foram solicitadas , né?” arrematou sorrindo.
Levantou e começou a juntar suas coisas.
_”Já vai?A conversa está assim tão desagradável?” perguntei.
_”Marquei um compromisso para daqui a pouco.Estou saindo voando para não tornar o atraso mais intolerável..rs”
_” Como posso encontrá-la? Deixe seu número.”
_”Volto para casa no próximo fim de semana.Pode ligar para o meu celular.” E escreveu,rapidamente,um número num guardanapo disponível na mesa.
Guardei o papelzinho,na carteira.Asseguro que,cinco minutos, após a saída dela,já não me lembrava mais da figura.
Distraí-me olhando as crianças,que continuavam a obra inacabada de seu castelo de areia,e com o bulicício de jovens falando alto,comentando uma festa,da véspera.
Não podia deixar de acompanhar,com os olhos,as gatíssimas que desfilavam, provocantemente,à minha frente.
Saí da praia,ao anoitecer.
(continua)


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