Em meio à papelada para ler e assinar,inúmeras reuniões e decisões a tomar,além de clientes ,ora enfurecidos,ora agradecidos,ocupo meu tempo ,diariamente.Aos fins de semana, continuo curtindo minha praia.Afinal a caminhada me dá tempo para relembrar a curta,estranha e intensa relação que vivi com Sarita.Após alguns meses do acidente, que a matou,ainda não me animei a encontrar alguém que possa substituí-la.
Rebecca cansou de ligar sem obter respostas mais positivas ,de minha parte, acerca de nós dois. Desistiu e sumiu.
Adquiri o hábito de passar pelas livrarias,especialmente uma bem diversificada, próxima à minha casa,e folhear livros e revistas que abordam o tema sadomasoquismo.
Há textos interessantes acerca da filosofia que rege este tipo de prazer sexual,acerca das práticas e muitas fotos que ,por vezes, aguçam minha curiosidade,em experimentar.
Daí que me descobri submisso,onde a humilhação me excita e provoca intenso tesão.O ato de obedecer ordens,mesmo as mais descabidas, dá tesão e me predispõe à querer agradar àquela que me submete.
Fui inserido neste contexto,de forma inusitada e sem querer.Mas,agora,sinto que quero continuar.Só não sei,ainda,como.Ao lembrar das cenas, com Sarita, sinto seu perfume inundar meu quarto.Minha excitação aumenta.Meu pau duro exige uma satisfação e passo a me masturbar revivendo cada castigo ou cada humilhação e tortura imprevistas.O tom de voz baixo e incisivo,a risada estridente, o olhar de desprezo,o peso da mão são todas as lembranças que me levam a intensos orgasmos.
Numa destas manhãs ,de sábado,após minha caminhada,parei na livraria,minha conhecida.
Há uma cafeteria,nos fundos,e decidi saborear um capuccino.Antes,peguei um livro para folhear.
_”Ora,ora,ora”,ouvi o som esganiçado da voz atrás de mim.Reconheci-a imediatamente: Domme Ninon.E vinha acompanhada de Inga,a inseparável escrava.
_”Um coitadinho de escravo órfão,não é mesmo?Que triste fatalidade aquele acidente com Sarita. Coitadinho do Ernst ,também.Já encontrou outra Dona?”,desandou a falar sem parar.
_”Precisamos encontrar outra Dona pra você.Uma do nível da Sarita.Ela era ótima”, acentuou esta última palavra num agudo abusivo.Inga deveria ser,de fato,masoquista.Só aquela voz já era suplício suficiente.Ri,por dentro.
_”Não estou familiarizado no meio.Fui somente duas vêzes ao Castelo e não conheço mais ninguém,também”,respondi polida e sinceramente.
_”Não se preocupe,Marcilius”,ela se lembrava do meu nome de escravo,”eu lhe ajudarei
a encontrar a Domme dos seus sonhos”.E riu alto e estridentemente.
_”Tem algum número pelo qual possa contactar você?”
Dei-lhe meu cartão,meio que indeciso e receoso.Afinal ninguém daquele meio me conhecia bem, a não ser Sarita.
_”Ligo assim que tiver alguma notícia”,acenou e saiu arrastando Inga pelo braço.Neste momento percebi que a moça não abrira a boca para dizer uma só palavra.
O livro que eu pegara para folhear era “Submissão Consentida” de um autor carioca, dominador no Rio de Janeiro.O assunto dizia respeito à dominação masculina e vi que não era a minha praia.Devolvi à estante e sai.
_”O que será que esta Domme Ninon vai aprontar pra mim?”,me perguntei enquanto me aprontava para um compromisso àquela noite.
Continua...
(Castelã_SM)
2 comentários:
OBAAAAAAAAAAAAAAA MAGAAAAAAAAAAA
Adorei.. adorei.. adorei.. ja to aki, torcendo para o próximo capitulo.... :))
Q delícia ler vc.. e que bom q está continuando com a Saga de Marcilius. Vou ficar esperando o desenvolver dessa história..
Nossa.. to tão feliz, q me embolei toda para escrever aki.. kkkkkkkkkkk
Sempre bom encontrar coisa boa na net. Qndo a coisa boa é de qualidade nem se fala. Parqabéns pelo blog. Muito bom ter estado aqui, voltarei muiitas outraas vezes
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