SONETO LVII
"Sendo Seu escravo, que poderia eu fazer
a não ser curvar-me, entre as horas
e os momentos do Seu desejo?
Eu não tenho um tempo precioso a gastar,
a não ser curvar-me, entre as horas
e os momentos do Seu desejo?
Eu não tenho um tempo precioso a gastar,
nem serviços a fazer até que a Senhora mande.
Nem ouso reclamar da interminável espera,
Nem ouso reclamar da interminável espera,
enquanto eu, minha Soberana, olho o relógio por Si.
Nem penso no amargor da Sua ausência
quando disse ao Seu servo, para sempre, adeus.
Nem ouso indagar com meus pensamentos enciumados
onde pode estar ou Seus assuntos supor.
Mas como um triste escravo, espero e nada penso.
Fique onde está, faça outros tão felizes quanto fez a mim...
Bem verdade é que o Amor é um tolo que,
Nem penso no amargor da Sua ausência
quando disse ao Seu servo, para sempre, adeus.
Nem ouso indagar com meus pensamentos enciumados
onde pode estar ou Seus assuntos supor.
Mas como um triste escravo, espero e nada penso.
Fique onde está, faça outros tão felizes quanto fez a mim...
Bem verdade é que o Amor é um tolo que,
sob a Sua vontade, embora faça de tudo para mostrá-lo,
não vislumbra o Mal."
( W.Shakespeare)
não vislumbra o Mal."
( W.Shakespeare)
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