Acordei,sem saber,exatamente onde,convivendo com aqueles sons campestres,tentando lembrar se a festa acontecera ou não.A que pretexto eu estaria ali,imobilizado?A venda fora retirada mas,em compensação,estava com uma bola na boca,presa na nuca,por um elástico.Meus pulsos, algemados, sem possibilidade de retirar a mordaça.
Seria um seqüestro e, eu mesmo,fora conivente,indo em direção aos meus seqüestradores,por minha livre vontade?
Eu não sou,e minha família também não é,rica o suficiente para motivar tal atitude em alguém.Meus pensamentos estavam confusos.Não conseguia raciocinar com clareza.
E o espetáculo que presenciara com Almathéa ,Ésper e os dois homens? O que poderia significar aquilo tudo?
Passos vêm em direção à cela. O ferrolho é aberto e o mesmo rapaz,que dirigira o carro,aparece sorridente,acompanhado de Ésper.Ainda vestido com a mesma fantasia,traz um jarro,uma bacia,uma toalha e uma canga de metal.
_”Que bom que você acordou a tempo da festa” disse,assim que entrou. ”Trouxe água para que se lave e venha comigo” concluiu.
_”Vamos lhe colocar esta canga,para tornar sua fantasia mais real.”
Meu sangue ferveu.”Que brincadeira era aquela? De onde ele imaginava que eu colocaria aquela peça prendendo minha cabeça e minhas mãos feito um condenado?”são meus pensamentos.
Eu não posso falar nada,tendo a mordaça.Apenas consigo grunhir algo ininteligível.Meus olhos,faiscando,devem dizer da minha raiva e estupefação.
_”Olha,a Rainha Sarita me disse para não prestar atenção aos seus fricotes.Você já deve saber que ela manda aqui e deve ser obedecida.Agora anda,comece a se lavar para irmos à festa”.
Ato contínuo,soltou um pouco da corrente que prendia meus pulsos.Tirou a minha mordaça.
_”Que brincadeira é essa rapaz? Isto é um seqüestro?Aviso já, que não tenho tostão para pagamento de resgates.Minha família,também, não tem nada para trocar por mim.”desandei a falar,nervoso,sem parar.
O rapaz soltou uma gargalhada.
_”Seqüestro?resgate?Você está “viajando”,cara! Isto é uma festa.Por motivos,que você entenderá mais tarde,é necessário este tipo de atitude. Não “esquenta”,tudo vai ser só alegria,pode acreditar” respondeu,com a maior calma.
_”Fica tranqüilo,meu amigo,aqui ninguém quer lhe fazer mal” completa Almathéa,que com a ajuda de Ésper ,também já se encontra pronta para a tal festa.
Decido lavar rosto e braços,me enxugando bem devagar.A canga é colocada em meu pescoço,a mordaça é ajustada e saímos.
Estou apreensivo.Começo a transpirar,abundantemente.Minha respiração é irregular e a saliva escorre pelos cantos da boca,já que não consigo fechá-la.
Os corredores são compridos e,como a cela, parecem cavados em pedra.Um aroma de almíscar está presente por todo o trajeto.Talvez incenseiros estejam ali,mas não vejo nenhum.
Passamos por outros cubículos,iguais àquele onde eu estava.
Estão vazios,não vejo ninguém.Eu estou curioso e amedrontado.
“Em que embrulhada estou metido?” Minha cabeça trabalha, incansavelmente, tentando descobrir que coisa é essa em que estou envolvido.
Após alguns minutos,descemos uma escadaria.Ouço barulho de água caindo e o cheiro de água fresca chega às minhas narinas.Saímos num salão abobadado. Uma caverna enorme,ao longo da qual corre uma espécie de riacho subterrâneo.
(continua)
Seria um seqüestro e, eu mesmo,fora conivente,indo em direção aos meus seqüestradores,por minha livre vontade?
Eu não sou,e minha família também não é,rica o suficiente para motivar tal atitude em alguém.Meus pensamentos estavam confusos.Não conseguia raciocinar com clareza.
E o espetáculo que presenciara com Almathéa ,Ésper e os dois homens? O que poderia significar aquilo tudo?
Passos vêm em direção à cela. O ferrolho é aberto e o mesmo rapaz,que dirigira o carro,aparece sorridente,acompanhado de Ésper.Ainda vestido com a mesma fantasia,traz um jarro,uma bacia,uma toalha e uma canga de metal.
_”Que bom que você acordou a tempo da festa” disse,assim que entrou. ”Trouxe água para que se lave e venha comigo” concluiu.
_”Vamos lhe colocar esta canga,para tornar sua fantasia mais real.”
Meu sangue ferveu.”Que brincadeira era aquela? De onde ele imaginava que eu colocaria aquela peça prendendo minha cabeça e minhas mãos feito um condenado?”são meus pensamentos.
Eu não posso falar nada,tendo a mordaça.Apenas consigo grunhir algo ininteligível.Meus olhos,faiscando,devem dizer da minha raiva e estupefação.
_”Olha,a Rainha Sarita me disse para não prestar atenção aos seus fricotes.Você já deve saber que ela manda aqui e deve ser obedecida.Agora anda,comece a se lavar para irmos à festa”.
Ato contínuo,soltou um pouco da corrente que prendia meus pulsos.Tirou a minha mordaça.
_”Que brincadeira é essa rapaz? Isto é um seqüestro?Aviso já, que não tenho tostão para pagamento de resgates.Minha família,também, não tem nada para trocar por mim.”desandei a falar,nervoso,sem parar.
O rapaz soltou uma gargalhada.
_”Seqüestro?resgate?Você está “viajando”,cara! Isto é uma festa.Por motivos,que você entenderá mais tarde,é necessário este tipo de atitude. Não “esquenta”,tudo vai ser só alegria,pode acreditar” respondeu,com a maior calma.
_”Fica tranqüilo,meu amigo,aqui ninguém quer lhe fazer mal” completa Almathéa,que com a ajuda de Ésper ,também já se encontra pronta para a tal festa.
Decido lavar rosto e braços,me enxugando bem devagar.A canga é colocada em meu pescoço,a mordaça é ajustada e saímos.
Estou apreensivo.Começo a transpirar,abundantemente.Minha respiração é irregular e a saliva escorre pelos cantos da boca,já que não consigo fechá-la.
Os corredores são compridos e,como a cela, parecem cavados em pedra.Um aroma de almíscar está presente por todo o trajeto.Talvez incenseiros estejam ali,mas não vejo nenhum.
Passamos por outros cubículos,iguais àquele onde eu estava.
Estão vazios,não vejo ninguém.Eu estou curioso e amedrontado.
“Em que embrulhada estou metido?” Minha cabeça trabalha, incansavelmente, tentando descobrir que coisa é essa em que estou envolvido.
Após alguns minutos,descemos uma escadaria.Ouço barulho de água caindo e o cheiro de água fresca chega às minhas narinas.Saímos num salão abobadado. Uma caverna enorme,ao longo da qual corre uma espécie de riacho subterrâneo.
(continua)
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