Este castelo pertence à M@G@,Dominadora carioca há mais de 25 anos envolvida nesta prática BDSM

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

"A SAGA DE UM ESCRAVO":CAPÍTULO 11

No fundo,da caixa,um bilhete.
_”Para um baile à fantasia.Hoje à noite.”
Sem assinatura mas, com um perfume que me reportava a uma remota lembrança. Eu já havia sentido aquele aroma e,como sempre desligado de coisas que considero insignificâncias,nem me lembrava de onde.
Concluí que se tratava de um engano,pois não havia marcado nada desse tipo com ninguém.Dei início ao meu ritual de todas as manhãs,banho,barba, terno, rápido café e trabalho.
O trânsito não dava folga,sempre engarrafado.Liguei o som e uma melodia da trilha sonora d’O Pianista invadiu o carro.
O escritório estava numa movimentação só, com a finalização do meu contrato irlandês.
A todo momento, alguém adentrava minha sala fosse para cumprimentar, fosse para esclarecer algo.
Num desses momentos,o telefone tocou e uma voz quente e agradável perguntou:
_” Gostou do presente?”
_”Era,realmente, para mim?” perguntei,rebuscando na memória,quem poderia ser a voz misteriosa.
_”Sim,claro.Esqueceu que combinamos um encontro hoje à noite em frente ao supermercado?”
Ahhhhhhh! A mulher da praia,outra vez.Descobri,num momento, que não sabia o nome dela.
_”Por falar nisso,qual o seu nome?E como descobriu meu endereço e este telefone?” derramei as perguntas,intrigado.
_”Segredos de mulher” e riu,gostosamente.
_”Quer dizer que teremos uma festa à fantasia,hoje?” entrei na brincadeira.
_”Uma especialíssima festa.Vá com a roupa que lhe mandei.” acentuou.
A autoridade dela me incomodava.Parecia que não iria admitir ser contrariada.
_”Estarei à sua espera,na hora marcada” concluí,apressado,pois era solicitado para uma reunião.
_”Estarei lá.Tchau” e desligou.
Embora ela não fosse nenhuma deusa de beleza,possuía a atitude de uma Vênus.
A movimentação,no escritório fez com que ela deixasse de ser prioridade nas minhas preocupações.
No retorno para casa,o trânsito sempre engarrafado e uns pingos de chuva, no painel,fizeram meu humor descambar para o negro.
Ansiava por um banho morno,relaxante, e um bom filme na TV.
Ao chegar em casa,vi a caixa com a fantasia ainda,aberta no sofá.
_”Hiiii.A tal festa à fantasia”,lembrei.
De molho na banheira morna,ainda estava me decidindo se iria à festa ou não, o interfone tocou.
-“Quem me faria uma visita a esta hora? E sem avisar?”pensei aborrecido.
_”Um recado para o senhor,aqui na portaria.” Comunicou o porteiro.
_”Manda alguém entregar aqui.Estarei aguardando” respondi.
“NOSSO COMPROMISSO ESTÁ DE PÉ.NÃO ESQUEÇA.”
Este o teor do bilhete.
_”Quanta insistência!” começava a pensar que havia me deparado com uma psicopata,perseguidora de homens.Decidi pagar p´ra ver.Iria à festa.
À hora combinada, estava eu,vestido com meu melhor terno,trazendo por baixo a tal fantasia.
Um carro se aproximou de mim e um rapaz,já fantasiado,disse:
_”Você é o convidado da Rainha Sarita?”
Pela fantasia que ele levava,igual a minha,deduzi ser este o nome da minha misteriosa anfitriã e, ele,o enviado para levar-me à festa.
_”Sim.Sou eu”
_”Não está fantasiado?” perguntou surpreso.
_” Minha fantasia está por baixo do terno.”
Assim que entrei no carro,duas fortes mãos me vendaram, com, o que presumi fosse, uma tira de pano grosso.Meus pulsos foram algemados.
Fiquei assustadíssimo mas, sequer tive tempo de esboçar qualquer reação porque algo me foi dado para cheirar e perdi os sentidos.
(continua)

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