Este castelo pertence à M@G@,Dominadora carioca há mais de 25 anos envolvida nesta prática BDSM

quinta-feira, 17 de março de 2011

A CONSTRUÇÃO DE UM ESCRAVO





Para mim se constitui motivo de prazer e desafio a construção de um escravo.
Esta construção começa desde a primeira frase de abordagem.Como ele se posiciona,como se apresenta e como ele inicia o contato comigo.
Muitos escravos não sabem ou não percebem.A personalidade dele transparece desde o primeiro : "Olá".
Pode ser de infinitas formas e a sua posição perante a Domme se evidencia, de imediato.
Após as primeiras conversas,vem o preenchimento do questionário.Ali há muitas verdades mas,também,muitas mentiras.As questões são interligadas e,no que ele ,se contradiz,nesta ou naquela resposta,já dá para traçar o perfil e partir,ou não,para novas etapas.
Aí vêm as conversas ,pessoalmente,e na postura corporal,na forma de olhar e se dirigir à Domme,completa-se o primeiro esboço daquele que,talvez,se pretenda trazer para a senzala.
Não se deve esquecer a química.O toque da mão,o cumprimento (beijando a mão ou não),o cheiro.
Ela existe ou nada além do primeiro encontro.
Ao definir-se este perfil passa-se a traçar um plano para o adestramento.Cada pessoa é diferente da outra.Para cada escravo a sequência de ações,também,é diferente.
Chega-se à primeira sessão.Liturgia definida,respostas aos estímulos, tolerância maior ou menor às práticas escolhidas e este plano pode ser alterado,ou não.
A cada sessão,avalia-se o que foi feito e de que forma pode-se avançar.O plano passa a ser reelaborado a dois.Limites vão sendo vencidos.Tabus vão sendo derrubados.
É uma trajetória que se segue de mãos dadas.(Na realidade,as do escravo estão amarradas...rs).
Há uma grande satisfação, e dá o maior tesão, a observação das mudanças que se operam no homem,à medida em que se contrói o escravo(já tive escravo que deixou de fumar por saber do meu desagrado com o cheiro da nicotina).
Não significa anulá-lo.Escravo acéfalo é um horror.Mas transformá-lo.Moldá-lo de acordo com nossos desejos.Fazer com que aprenda a apreciar algo que muitas das vêzes parecia rejeitado.Dá trabalho mas não há prazer maior.
Quando se fala em ter escravos,parece muito fácil.Pegar um homem,levá-lo ao motel,mantê-lo de joelhos,surrá-lo e terminar com o tradicional sexo.
É válido isso? Claro que é.
Mas está muito distante de um exercício de dominação que,embora fantasioso,se manifesta e se traduz real.
A intenção deste texto não é traçar regras nem ditar normas.
É apenas mostrar algumas facetas do exercício da dominação.
Pelo menos,a dominação feminina que é, a que eu exerço.

(Castelã_SM) 



5 comentários:

Carolina Lobato disse...

Maga, estou agora descobrindo esse mundo. Como se sabe que é uma dominadora? Quais os meios de dominaçao? Como vc fez um escravo parar de fumar?

Castelã_SM disse...

Eu SOU uma pessoa autoritária e dominadora no meu cotidiano.Daí partir para a dominação no meio BDSM foi natural.Os meios para dominação são sua atitude e postura.Quanto ao fato de deixar de fumar,numa sessão em que ele cometeu uma falta e foi castigado,falei do meu desgosto em aturar cheiro de nicotina.Ele,para me agradar,deixou de fumar.

Anônimo disse...

Maga seus textos são maravilhosos, quais literaturas a madame poderia me indicar para me aprofundar no BDSM?
Bjs respeitosos

Carolina Lobato disse...

Obrigada Maga. Outra pergunta... como reconhecer um escravo?

Anônimo disse...

Senhora
estou olhando seu blog a pouco tempo, pois axei ele numa pesquisa de dominação e escravos
meu namorado me confidenciou q gostaria de ser escravizado mas não sei como o fazer, pois pelo que li não bastam algemas e chicotes como eu pensava, tem algum artigo que me explique isso no seu blog.

Muito obrigada