Este castelo pertence à M@G@,Dominadora carioca há mais de 25 anos envolvida nesta prática BDSM

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

NA CAMA NINGUÉM É NORMAL (parte 1)

Na busca do prazer, algumas pessoas, aparentemente normais, como você, fazem coisas que nem o profundamente liberal marquês de Sade imaginaria

por Júlio da Mata

Nélson Rodrigues já alertava, numa de suas máximas: "Se as pessoas conhecessem a vida sexual uma das outras, ninguém se cumprimentava na rua". Porque a liberdade sexual não tem limites.
Coisas incríveis acontecem quando duas pessoas se encontram a sós entre quatro paredes. E não estamos falando de sadomasoquismo, porque isso é já faz parte da rotina - até nossos avós, que tinham tantos preconceitos, se excitavam assim - mas de taras barras-pesadas mesmo, como a anoxia erótica (forma de prazer obtida pela asfixia), a gerontofilia (a atração sexual por velhos) e a acrotomofilia (inclinação ou afeição doentia pela idéia de fazer sexo com mutilado).

Algumas práticas são nojentas e esdrúxulas, como a coprofilia (excitação sexual produzida pelo cheiro, visão ou contato com fezes(!) e a urolagmia (forma de prazer obtida pelo contato com urina).
Nem o marquês de Sade imaginaria tanto.Por exemplo: se lhe contassem que um dos maiores nomes da literatura universal, James Joyce (1882/1941), era um incontrolável apreciador das instâncias mais nojentas da fisiologia humana, você acreditaria?
Claro que não. Mas ali, naquele quarto com a porta fechada a chave por dentro, tudo é possível.

Homem de aparência circunspeta, de bigode e de óculos, autor do clássico Ulisses, em 1929 (aos 29 anos) Joyce chegou ao ponto de pedir à mulher amada (Nora Barnacle, 22 anos), em cartas de declarada paixão, que lhe soltasse gases nas narinas...
Eram cartas sérias e até românticas. Essa correspondência, até então enrustida, só foi descoberta depois da morte do autor de O Retrato do Artista Enquanto Jovem. E o que melhor nos parece: assinadas de próprio punho.
O resgate da correspondência veio pela amada, que o satisfazia em todas taras sexuais. Veja alguns trechos de sua correspondência com a amante (apenas as cartas escritas por ele, que estava em Dublin, na Irlanda, e ela em Pola, na Itália):


" (.) No âmago do amor espiritual que tenho por ti há também um desejo bestial e bruto por todos os pedacinhos de teu corpo, todas as partes secretas e vergonhosas dele e por tudo o que ele faz.

(.) Ensinei-te a fazer trejeitinhos indecentes com a língua e os lábios, a excitar-me por meio de toques e ruídos obscenos e até fazer na minha presença o ato mais sujo e vergonhoso. Lembra-te do dia em que levantaste a roupa e me deixaste ficar deitado por baixo de ti vendo-te fazê-lo? Depois ficaste com vergonha de me olhar nos olhos.
É maravilhoso foder uma mulher peidorrenta quando cada metida faz sair um. Penso que reconheceria um peido de Nora em qualquer lugar. Penso que poderia distingüir o dela numa sala cheia de mulheres peidando. É um barulhinho bem de menina, não como o peido molhado e cheio de vento que imagino ser os das esposas gordas (.)
Espero que nunca pares de soltar peidos na minha cara para que eu fique conhecendo também os cheiros deles."

O cara estava pirado, despirocou? Você ainda não viu nada. A melhor ainda: Ernest Hemingway, detentor do Prêmio Nobel de literatura, pediu uma vez a uma de suas muitas amadas, não menos que a deusa alemã Marlene Dietrich, que lhe urinasse nas narinas. Detalhe maior: Hemingway já havia feito O Velho e o Mar, o seu maior clássico literário. E Marlene Dietrich já era uma das mulheres mais cobiçadas do cinema mundial.
Não se sabe se essa tara do escritor fora movida por incontáveis doses de bebidas fortes - que ele consumia diariamente - ou se ele era mesmo um tarado insaciável.
As práticas eróticas dos dois escritores impressionam, vindas de quem veio. No entanto, elas são mais comuns do que se imagina, mesmo entre aqueles e aquelas que passam anônimos pelas ruas. Ninguém imagina o que fazem na cama.

(continua)


(Este artigo foi postado na lista Dark_Site em 04/09/2005)
NOTA: A autora do blog não compartilha do juízo de valor, do autor do texto,atribuído às práticas mencionadas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante.
Adorei *rs
Saudações.
Dark M.