Apesar de nosso tabu cultural contra a infidelidade, as relações extraconjugais são muito comuns. Todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, amigos, religião – nos estimulam a investir nossa energia sexual em uma única pessoa. Mas a prática é bem diferente. Uma porcentagem significativa de homens e mulheres casados compartilha seu tempo e seu prazer com outros parceiros.
A antropóloga americana Helen Fisher conclui que nossa tendência para as ligações extraconjugais parece ser o triunfo da natureza sobre a cultura. “Dezenas de estudos etnográficos, sem mencionar inúmeras obras de história e de ficção, são testemunhos da prevalência das atividades sexuais extraconjugais entre homens e mulheres do mundo inteiro. Embora os seres humanos flertem, apaixonem-se e se casem, eles também tendem a ser sexualmente infiéis a seus cônjuges.” , diz ela.
A poligamia – o homem ter mais de uma esposa de cada vez – é permitida em 84% das sociedades. Durante muito tempo se acreditou que só os homens tinham relações múltiplas. Entretanto, houve uma mudança no comportamento feminino quando surgiram os métodos contraceptivos eficazes e as mulheres entraram no mercado de trabalho.
Um dos pressupostos mais universalmente aceito em nossa sociedade é de que o casal monogâmico é a única estrutura válida de relacionamento sexual humano, sendo tão superior que não necessitaria ser questionado. Na verdade, nossa cultura coloca tanta ênfase nisso, que uma discussão séria sobre relacionamentos alternativos é muito rara. Entretanto, as sociedades que adotam a monogamia têm dificuldades em comprovar que ela funciona. Ao contrário, parece haver grandes evidências, expressas pelas altas taxas de relações extraconjugais, de que a monogamia não funciona muito bem para os ocidentais.
Um dos pressupostos mais universalmente aceito em nossa sociedade é de que o casal monogâmico é a única estrutura válida de relacionamento sexual humano, sendo tão superior que não necessitaria ser questionado. Na verdade, nossa cultura coloca tanta ênfase nisso, que uma discussão séria sobre relacionamentos alternativos é muito rara. Entretanto, as sociedades que adotam a monogamia têm dificuldades em comprovar que ela funciona. Ao contrário, parece haver grandes evidências, expressas pelas altas taxas de relações extraconjugais, de que a monogamia não funciona muito bem para os ocidentais.
É comum pessoas deixarem um bom casamento porque se apaixonaram por alguém novo – o que vem sendo chamado de “monogamia sequencial”. O argumento de que o ser humano é "predestinado" à monogamia é difícil de sustentar. Portanto, uma vez que nós humanos nos damos tão mal com a monogamia, outras estruturas de relacionamento livremente escolhidas também devem ser consideradas.
A exclusividade sexual do parceiro (a) é a grande preocupação de homens e mulheres. Mas ninguém deveria ficar preocupado se o parceiro transa ou não com outra pessoa. Homens e mulheres só deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: Sinto-me amado (a)? Sinto-me desejado (a)? Se a resposta for “sim” para as duas, o que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito. Não tenho dúvida de que as pessoas viveriam muito mais satisfeitas.
Regina Navarro Lins
Texto na íntegra:
(http://delas.ig.com.br/colunistas/questoesdoamor/a+fidelidade+e+necessaria/c1597100396067.html)
7 comentários:
Postagem muito interessante!!!
Minha querida...retribua a visita no meu blog e se gostar me adiciona como favorito tbem!!
bjao
Maravilhosa Senhora Mag@!
Um excelente texto. Bom para refletir sobre essas questões.
Procuro entender a natureza do ser humano... no entanto, se não me assusto com a infidelidade, sempre me assustarei com a deslealdade.
E se muito estranho a deslealdade noutros tipos de relação, não a admito de forma alguma numa relação BDSM.
Afinal, aqui não precisamos nos esconder sob as cortinas dos subterfúgios.
Saudades da Senhora!
Beijo imenso e carinhoso
DEXPEX_{Amar Yasmine}
Excelente post, M@ga..
E acrescento q a comparação q a DEXPEX_{Amar Yasmine} faz entre infidelidade e deslealdade é so um complemento, bastante conveniente.
Beijos
Tery
Minhas queridas DEXPEX_{Amar Yasmine} e Miss Tery
Essa comparação é muito útil.
A deslealdade é muito mais cáustica do que a infidelidade embora ambas sejam decepcionantes.
Feliz aqui com a visita de vcs.
bjs
M@G@
Sra Maga, o mais difícil é contentar-se em ser amada(o) e desejada(o), parece que a "prova" disso é a exclusividade... Se me permite uma opinião, o ideal é construir relações o mais transparentes possível. Parece simples e óbvio, mas não é, é preciso muita maturidade e intimidade para aceitar o que o desejo do outro desvie-se de nós, mesmo que temporaria e superficialmente.
Bjos
Amei o texto, e o que vejo muito é um egoismo de se achar no direito e ter seu prazer e nao permitir isso ao parceiro, no caso dos homens damos um nome para camuflar, chamamos de machismo, mas e quando isso parte da mulher?
Me espanta e muito alguem que escolhe dividir seu dia a dia numa relação de casamento onde esconde do outro seus desejos sexuais. Acho estranho que quando acontece a uniao, ou casamento, ambos param de falar de sexo, de falar de seus desejos devassos quando podiam ser mais cumplices ainda.
Mas enfim, o ser humano nao me parece nada resolvido em sua sexualidade, enquanto isso vamos vivendo sobre algumas mentirinhas
saudações respeitosas
([{mila}])MAGNO
Apesar de parequedista aqui no blog, concordo plenamente com a sua reflexão!
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